Os futuros de ações dos EUA abriram em baixa, enquanto os investidores analisavam os desdobramentos da reunião do Federal Reserve e as novas ameaças tarifárias de Donald Trump. As atas confirmaram a postura cautelosa do Fed em relação aos cortes nas taxas de juros, com autoridades indicando que aguardariam mais avanços no controle da inflação antes de ajustar a política monetária. Além disso, foram levantadas preocupações sobre possíveis barreiras comerciais.
A proposta de Trump de uma tarifa de 25% sobre carros importados, semicondutores e produtos farmacêuticos intensificou as tensões comerciais globais. Caso essas tarifas entrem em vigor em 2 de abril, poderão elevar os custos corporativos e enfraquecer as projeções de lucro das indústrias afetadas.
Hoje, os investidores acompanham os dados de pedidos de auxílio-desemprego, que podem oferecer insights sobre o mercado de trabalho, e aguardam os relatórios trimestrais de grandes empresas como Walmart, Alibaba e Booking, que podem influenciar o humor do mercado.
Apesar dos riscos externos, os índices acionários dos EUA fecharam em alta na quarta-feira, impulsionados por ganhos nos setores de saúde, telecomunicações e bens de consumo. O Dow Jones avançou 0,16%, o S&P 500 subiu 0,24% e o Nasdaq teve alta de 0,07%.
Os investidores focaram em ações de destaque que apresentaram forte valorização. Entre os líderes do S&P 500 estavam Garmin Ltd, que disparou 12,64%, para $241,93; Microchip Technology Inc, com alta de 9,90%, para $63,59; e Analog Devices Inc, que subiu 9,74%, para $241,66.
No setor de tecnologia, JetAI Inc saltou 150%, para $10,15; Editas Medicine Inc avançou 83,91%, para $3,20; e SINTX Technologies Inc teve alta de 70,92%, para $4,82.
Segundo a LSEG, os lucros das empresas do S&P 500 no quarto trimestre devem crescer 15,3% em relação ao ano anterior, superando a previsão inicial de 9,6%. Isso ressalta a resiliência financeira corporativa, mas não elimina a crescente incerteza sobre os fatores que podem impactar os mercados nos próximos meses.
S&P 500: o impulso do crescimento diminui
O S&P 500 está sendo negociado a 6.134, mantendo-se próximo de suas máximas históricas. O principal nível de resistência está em 6.150, e, até o momento, o índice tem encontrado dificuldades para ultrapassá-lo. Um rompimento claro dessa barreira poderia acelerar o avanço em direção à faixa de 6.180-6.200, onde a realização de lucros pode se intensificar.
O suporte está em 6.120, e uma quebra abaixo desse nível pode aumentar a pressão de baixa, levando a uma correção para 6.100-6.080. O suporte mais profundo está em 6.050 e 6.000, onde está localizada a média móvel simples de 50 dias (SMA).
Indicadores:
RSI (14) = 60. O mercado permanece neutro, mas está se aproximando das condições de sobrecompra, o que pode limitar ganhos adicionais.
O MACD ainda é positivo, mas está perdendo impulso, sugerindo assim uma possível consolidação.
A SMA de 50 dias está em 6.000, um nível de suporte importante no caso de uma correção.
Nasdaq 100: correção ganha força
O Nasdaq 100 está sendo negociado próximo de 22.125, permanecendo sob pressão após os ganhos recentes. A principal zona de resistência está entre 22.200 e 22.250, que ainda não foi rompida, aumentando o risco de realização de lucros e uma possível correção mais profunda. Caso o índice ultrapasse os 22.200, há potencial para um avanço até 22.500, embora os sinais técnicos indiquem um enfraquecimento do momentum.
O suporte imediato está em 22.100, e um rompimento abaixo desse nível poderia levar o índice para a faixa de 21.900-21.800, onde se encontra a SMA de 50 dias. Se a pressão vendedora se intensificar, um recuo mais profundo até 21.600 pode se tornar um nível crítico para os compradores.
Indicadores:
RSI (14) = 57. A queda do território de sobrecompra sugere uma crescente pressão de venda.
O MACD está mostrando sinais de reversão, sinalizando um possível enfraquecimento da tendência de alta.
A SMA de 50 dias está em 21.800, um nível de suporte crítico que pode desencadear uma recuperação.
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