Os futuros europeus atingiram seus máximos históricos na terça-feira, ajudados por um aumento nas ações do setor de defesa. As expectativas de aumento dos gastos militares estimularam a demanda por fabricantes de armas, causando um aumento nos preços do setor.
Paralelamente, os investidores dos mercados asiáticos reagiram positivamente a uma reunião entre o presidente chinês Xi Jinping e representantes das maiores empresas. As ações de Hong Kong atingiram o maior valor em três anos, refletindo a crescente confiança dos empresários nas perspectivas da economia do Reino do Meio.
O banco central australiano, como esperado, iniciou um ciclo de flexibilização monetária. Entretanto, o corte nas taxas foi realizado de forma contida, o que deu suporte ao dólar australiano em US$ 0,6350. Os investidores entenderam isso como um sinal de flexibilidade moderada do regulador, em vez de uma redução agressiva.
Os futuros do S&P 500 apresentaram um aumento de 0,2%, enquanto os contratos europeus se fortaleceram em 0,1%. O índice Nikkei do Japão (.N225) também subiu 0,5%, graças à demanda por ações do setor bancário e de defesa, repetindo a dinâmica do mercado europeu.
No dia anterior, o índice pan-europeu STOXX 600 (.STOXX) fechou em alta de 0,5%, enquanto as ações do setor de defesa e aeroespacial (.SXPARO) saltaram 4,6%, atingindo um recorde histórico. O valor do setor mais do que dobrou nos últimos três anos, e os investidores estão confiantes de que essa tendência continuará.
Os especialistas financeiros observam que a era dos orçamentos mínimos de defesa na Europa acabou. Uma corrida ativa por contratos militares está começando, o que promete um aumento acentuado na renda dos principais participantes do setor.
"Se os países europeus aumentarem os gastos com defesa para 5% do PIB, como Trump propôs, isso dará um forte impulso à Rheinmetall, SAAB, BAE Systems, Thyssenkrupp e Thales", prevê o analista da IG Markets, Tony Sycamore.
Assim, os mercados globais continuam a subir, e os investidores estão apostando no aumento dos gastos militares e na recuperação da economia asiática.
Durante o pregão asiático, a taxa do euro se manteve perto da marca de $1,0455, demonstrando cautela antes das próximas eleições na Alemanha. No entanto, o analista da IG Markets, Tony Sycamore, observa que um forte rompimento de $1,0530 poderia abrir caminho para uma recuperação para $1,06 e além, o que poderia levar a uma maior volatilidade no mercado cambial.
Os pregões dos EUA devem reabrir na terça-feira, após o feriado, o que pode definir um novo tom para os investidores globais. Com as ações de defesa e tecnologia desfrutando de um aumento recente, os investidores estão aguardando ansiosamente os primeiros sinais de Wall Street.
Os mercados acionários chineses continuaram a se recuperar depois que o Presidente Xi Jinping realizou uma rara reunião com os principais líderes empresariais, fazendo com que o Índice Hang Seng (.HSI) atingisse o maior valor desde outubro e o Índice Tecnológico (.HSTECH) atingisse o maior valor em três anos. Entretanto, o rápido aumento foi seguido por uma breve liquidação, com a realização de lucros.
O índice tecnológico da China ganhou mais de 25% desde o início do ano, ajudado por um aumento nas ações de inteligência artificial.
"Acredito que a China será a líder global em IA, assim como é em veículos elétricos", disse Britney Lam, que dirige o LAM Group, de propriedade familiar. Ela disse que o país tem todos os recursos de que precisa: acesso a dados, energia, trabalhadores altamente qualificados e capacidade de fabricação de semicondutores.
As ações do Baidu (9888.HK) se estabilizaram depois de cair na segunda-feira, apesar das preocupações dos investidores sobre a ausência do fundador da empresa em uma reunião com o presidente Xi. O Baidu deve divulgar seus lucros na terça-feira, o que pode pesar sobre o desempenho das ações.
Enquanto isso, as ações do Alibaba (9988.HK) subiram 2% depois que o fundador Jack Ma apareceu na televisão estatal apertando as mãos do líder da China, um momento que foi visto pelo mercado como um sinal de um possível aquecimento das relações entre o governo e as maiores empresas de tecnologia do país.
Com a recuperação das ações chinesas de tecnologia, a demanda europeia por defesa estável e a reabertura dos mercados dos EUA, os investidores estão cautelosamente otimistas em relação às perspectivas para as próximas semanas. Os mercados continuam a observar os sinais geopolíticos, os movimentos das taxas de juros e os lucros corporativos em busca de novos vetores de crescimento.
A gigante da mineração BHP (BHP.AX) subiu 0,4%, apesar de ter divulgado lucros fracos no primeiro semestre. Os lucros da empresa atingiram seu nível mais baixo em seis anos, mas a administração expressou um otimismo cauteloso, citando sinais de uma recuperação da economia chinesa. Esse sinal foi suficiente para dar suporte às ações, já que a China continua sendo o maior consumidor de commodities do mundo.
Os investidores estão concentrados nos dados de atividade comercial de fevereiro de todo o mundo nesta semana, que fornecerão informações sobre a situação da economia global. Na Europa, os mercados estão particularmente interessados em acompanhar as próximas eleições alemãs, já que seu resultado pode afetar as políticas da maior economia da UE.
O iene japonês se consolidou em torno de 152,06, após uma forte alta no dia anterior. Dados macroeconômicos positivos alimentaram as expectativas de que o Banco do Japão poderá aumentar as taxas de juros nos próximos meses, apoiando a demanda pela moeda nacional.
A libra, por sua vez, foi negociada em torno de US$ 1,2597, ligeiramente fora de uma alta de dois meses. Os investidores estão esperando para ver os dados do mercado de trabalho e da inflação do Reino Unido, que podem moldar a postura da política monetária do país.
Após atingir um novo recorde histórico de US$ 2.913 a onça na sexta-feira, o ouro se fortaleceu novamente, marcando sua sétima semana consecutiva de ganhos. Os investidores continuam a ver o metal precioso como um porto seguro em meio à instabilidade geopolítica e às expectativas de mais flutuações nas taxas de juros das principais economias do mundo.
Os países da OPEP+ estão considerando suspender o aumento planejado da produção de petróleo em abril, apesar dos apelos do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, por preços mais baixos, de acordo com a Bloomberg News. A decisão se deve à incerteza no mercado de petróleo e às tentativas de manter um equilíbrio entre a oferta e a demanda.
Os preços do petróleo bruto Brent continuaram a manter os ganhos registrados durante a sessão anterior, sendo negociados a US$ 75,39 por barril. Os investidores estão monitorando de perto as decisões da OPEP+, já que qualquer mudança em sua estratégia pode afetar significativamente a dinâmica dos preços das commodities nos próximos meses.
Com sinais de recuperação na China, dados econômicos importantes pendentes e a proximidade da eleição alemã, os mercados globais continuam a equilibrar cautela e otimismo. Os investidores estão monitorando de perto os indicadores macroeconômicos, os movimentos das moedas e os mercados de commodities para determinar para onde o capital fluirá em seguida.
O otimismo do mercado atingiu novos patamares, com os investidores reduzindo suas reservas de caixa para 3,5%, o menor nível desde 2010, de acordo com o Bank of America (BofA). Os participantes do mercado estão aumentando ativamente suas posições compradas em ações, ao mesmo tempo em que reduzem suas participações em outros ativos, indicando alta confiança no mercado de ações, de acordo com um novo relatório do BofA Global Research.
À medida que os temores de uma recessão global diminuem, os investidores estão voltando sua atenção para setores que tradicionalmente respondem a mudanças nas taxas de juros. Os setores farmacêutico, de biotecnologia, de serviços públicos e de fundos de investimento imobiliário (REITs) estão entre os favoritos. Há também um interesse crescente em ativos europeus, já que os riscos geopolíticos, incluindo as guerras comerciais, são percebidos mais como ameaças secundárias do que como grandes pressões do mercado.
A pesquisa global mensal do BofA com 168 gestores de ativos com capital combinado de US$ 401 bilhões mostra que a parcela de investimentos no setor de tecnologia caiu em um ritmo recorde no mês passado, a maior queda desde setembro de 2022. Embora o setor de tecnologia continue sendo uma peça-chave nos portfólios dos investidores, sinais claros de superaquecimento forçaram muitos a reduzir suas posições.
Apesar do otimismo geral, os analistas do BofA observam que a estratégia Long Mag 7 (investimento nas sete maiores empresas de tecnologia, incluindo Microsoft, Apple, Google e outras) continua sendo a mais popular do mercado. No entanto, estão crescendo as preocupações com a supervalorização dos ativos dos EUA: 89% dos investidores pesquisados acreditam que as ações dos EUA atingiram níveis excessivamente altos. Isso sinaliza um possível aumento na demanda por mercados e setores alternativos nos próximos meses.
Uma redução na participação do caixa e uma mudança na composição dos portfólios de investimento indicam um alto grau de confiança entre os participantes do mercado. No entanto, se o superaquecimento em determinados setores continuar, os investidores terão de repensar suas estratégias, especialmente diante da incerteza em relação ao futuro das políticas dos bancos centrais e do ambiente macroeconômico global.
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